sábado, 28 de fevereiro de 2015

A moça do suvaco cabeludo


Não costumo re-blogar textos, mas esse é sensacional!!!!

 
"Naquele dia, a moça decidiu que não depilaria as axilas. 

Nada aconteceu de extraordinário à rotina daquela moça que a fizesse tomar 
aquela singela decisão. Fazia sua toalete como de costume, mas 
subitamente retraiu o braço quando este ia em direção ao depilador. 
Há coisas nessa vida que fazemos sem grandes elucubrações, sem 
consultarmos pai, mãe, tarólogo ou lugares recônditos de nossa consciência,
apenas o fazemos. E assim move-se o mundo. 

Hoje não - pensou - e naquele dia não houve depilação.

Nem no outro.

Nem no outro ou no outro ou no outro. Os pelos, como se sabe, não crescem 
assim do dia para a noite, de modo que foi somente pela manhã do quinto dia 
que eles começaram a aparecer com força. E a moça achou bom. Não que os 
achasse bonitos, garbosos, sedosos... definitivamente não.
Apenas achou bom. Era confortável tê-los ali. Lembrou-se até de uma famosa
frase que dizia:"Pelos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos, 
como sabê-lo?" ou algo assim, já não estava bem certa agora. 

O filho caçula foi o primeiro a perceber.

- O que é isso mamãe? - disse apontando o suvaco da mãe.
- Pelos.
- Como os do papai?
- Sim, como os do papai.
- Ahh.. - deu-se por satisfeito o menino e saiu pela casa atrás de sua 
bola amarela.

Durante o café da manhã foi a vez do filho mais velho:


- Mãe! A senhora está bem?


- Sim, filho... e por que não estaria?
- É que tem pelos ali, embaixo de seu braço. A senhora viu?
- Sim, pelos. Acaso também não os tem?
- Sim, mas é que eu sou... bom, estou atrasado, mãe. Acho melhor ir 
agora - e se foi, evitando olhar para a mãe.

Ao marido, que àquela hora já acordara e se arrumava para o trabalho, 
tampouco lhe escaparam os novos pelos da esposa. 


Foi com indisfarçável espanto que a questionou:

- Você vai sair de casa assim?


- Assim como?
- Ora, assim... com estes pelos à mostra. Se acabaram-lhe as lâminas, 
me diga que eu lhe compro outras. Acaso algum dia deixei faltar algo 
nesta casa?
- As lâminas estão em perfeito estado...
- E então?
- Simplesmente não as quero usar. Não as vou usar. Deixarei os pelos tal 
como estão aqui, assim como você deixa aí os teus.
- Ahh, mas é que eu sou HOMEM! - disse e se foi, batendo a porta 
atrás de si.


A moça também logo se foi e, dia quente que estava, foi com os pelos à 
mostra. Aos poucos, como que por algum magnetismo, todos os olhares 
dos transeuntes pareciam repousar em seu suvaco, agora sensivelmente
cabeludo. A moça, sempre tão discreta, não se recordava de alguma 
ocasião ter sido alvo de tamanha curiosidade. Na verdade, ela sempre 
pareceu caminhar invisível. Agora não, agora ela tinha pelos.


Foi quando aconteceu.


Enquanto caminhava, rumo ao trabalho, a moça sentiu que algo
lhe passava. 


Primeiro deixou de sentir as pernas, motivo pelo qual parecia que flutuava. 

Depois foram os braços que passaram a lhe faltar. Súbito, foi-se o tronco 
a cabeça, de modo a só lhe restar o suvaco. Assim, já não era mais uma
moça, mas apenas um suvaco cabeludo. E foi assim, ainda tentando entender 
e se adaptar a esta nova e insólita situação, que a moça - agora resumida 
a suvaco.
 - seguiu pela rua, sempre ouvindo dos que passavam:

- Veja ali, que coisa, um suvaco cabeludo!


No escritório foi o mesmo. Até mesmo os que nunca lhe notavam, 
não deixaram de notar o suvaco.

- Ora, vejam! Um suvaco... e cabeludo!

Ela tentava retrucar, como fizera com marido e filhos, mas suvaco não fala - 
ao menos até que se prove o contrário - então tampouco a escutavam.
Se pudesse, teria-lhe dito que eram pelos, apenas pelos, mas não podia.

Ao voltar pra casa, uma surpresa. O filho caçula a recebeu com um abraço.


- Vem, vamos brincar mamãe!


- Como assim? Não vê que sou apenas um suvaco? - perguntou e, 
ao fazê-lo, espantou-se por ouvir o som de sua própria voz.
- Do que está falando, mamãe? Vem, vamos brincar!

O mesmo não se passou com o filho mais velho e com o marido.


- Olha só, pai... um suvaco cabeludo!


- Sim, filho... sim... vamos, vamos jantar...

E assim passaram-se os dias. 


Todas as noites, o marido olhava para o lado da cama outrora ocupado 
pela esposa e via aquele suvaco cabeludo, cada dia com mais pelos a lhe
enegrecer. Até que certa vez, no meio da noite, o marido se levantou para
ir ao banheiro. Fez suas necessidades como de costume mas, subitamente,
algo atraiu sua mão em direção ao depilador. Ficou estudando o pequeno 
objeto por alguns instantes e, quase maquinalmente, começou a depilar o 
seu suvaco.


Há coisas nessa vida que fazemos sem grandes elucubrações,sem 
consultarmos pai, mãe, tarólogo ou lugares recônditos de nossa consciência, 
apenas o fazemos. E assim move-se o mundo.

Na manhã seguinte, era novamente sua esposa que estava na cama com ele."


Fonte

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Birutas ao vento


Como não estou aqui só para contar histórias de clientes, vou incluir no Blog algumas histórias bizarras de funcionários e minhas também. Assim todos podem ver que bizarrices. Acontecem com todo mundo. 
E sempre servem para algum tipo de ensinamento. Fiquem atentos aos "Birutas"

As birutas verdadeiras, são usadas para saber a direção do vento, e mudam toda hora, como mudam os ventos. Por isso que pessoas insconstantes, são chamadas de Birutas.

Chamo de Birutas pra não dizer loucos pois de louco todos nós temos um pouco, mas funcionário, chefe ou colega louco ninguém merece... e eu já tive todos rsrs mas dessa vez tenho que admitir que o pior é o colega louco, pois o chefe a gente pode se demitir, o funcionário idem, mas sair de um lugar por conta de um colega é a pior sensação, na minha opinião.

Tive uma biruta limitada, talvez limitada pela falta de oportunidde, a Mô era estranha, sózinha, carente mas me adorava e eu também gostava muito dela, sinto que com ela eu cumpri um carma, afinal por mais que ela demostrasse a birutisse eu não tinha coragem de demiti-la.

Ela começou como faxineira, depois passou a office girl, era de extrema confiança e sabia ir nos bancos, conhecia o bairro todo, era rápida e tudo que fazia, fazia bem feito, mas disconfiômetro era uma coisa que ela desconhecia, por conta da carência, queria ficar conversando, perguntava milhões de perguntas e eu tentando trabalhar, ela me sugava o tempo, mas era inteligente, esforçada, fiel como um cão de guarda, eu tinha paciência, não muita mas tinha, eu ouvia um pouco e depois pedia para ela descer, lá embaixo ou ela azucrinava as colegas com tanta falação ou azucrinava as clientes sem pudor nenhum.

E não adiantava pedir pra ela parar ela não obedecia ninguém só eu, eu tinha que parar o que estivesse fazendo para tirar ela de cena. Dava broncas explicava, pedia pra ela melhorar mas ela melhorava por um tempo depois começava de novo, com o passar do tempo e a convivência com as colegas cobras, ela foi piorando e (tadinha, digo tadinha com aperto sincero não com ironia) ela queria ser amiga de todo mundo, dava presentes, comprava lembrancinhas para todas, aquilo me comovia profundamente e apesar da reclamação de todas as funcionárias, da minha irmã que na época era minha sócia, eu sempre dava um jeito de ficar com ela. Eu confiava nela e ela por incrível que parecesse naquele mar de não confiáveis, merecia.

Mas era inconveniente demais! e foi envenenada pelos maus exemplos lá de dentro, começou a perder o respeito, me tratava como se eu fosse da famíla dela, isso na frente de clientes e colegas, retrucava minhas broncas virou um inferno...

Mas ela não era má era biruta, e eu tinha pena dela, outro sentimento que é melhor não ter quando vc tem uma empresa. É difícil mas é assim. Um dia fui dar uma bronca nela por alguma coisa que não me lembro e ela saiu gritando da casa igualzinho a uma manicure, tabém biruta, que ela viu fazendo isso.

Deixei ir, e ela não me causou nenhum mal, por Deus logo depois ela arrumou um outro emprego e voltou a visitar o salão agora como "amiga" . Não sei que fim levou a Mô, mas ela se virava dentro dos seus limites e birutices, ela sobrevivia nesse mundo louco. E apesar de tudo era uma pessoa muito alegre.

Os Birutas não são maus, são apenas birutas, mas podem desestabilizar pequenos negócios. Fique atento.

Se detectar algum deles, trate com cautela, pois são sempre imprevisíveis. E com jeitinho tente se livrar dele.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Putaria na Maca da Depiladora


Não existe, coloquei no título para ter mais acessos kkkkk mas o assunto existe, principalmente quando se trata da depilação masculina. E nesse caso não posso me abster de incluir as macas das pobres massoterapeutas, confundidas com prostitutas disfarçadas.

O que hoje em dia, eu acho ridículo, diante de tanta oferta gratuita na internet e das propagandas explícitas de lugares próprios para a tal "massagem ou depilação com finalização" e tudo mais que seus clientes quiserem.

Então vem a pergunta, o que faz um "ser" pensar que, um serviço como depilação, seja em si, algo com fundamento erótico? O máximo que posso concordar é que tenha "fins" eróticos, óbviamente fora da maca e bem longe da Depiladora.

Em primeiro lugar porque depilar com cera dói, quem gosta de dor é masoquista. Sei que existem, mas são poucos. E eles não dão pinta. Não abordam por telefone, são corajosos. Vão, fazem a depilação e curtem sua dor calados e vão embora felizes.

Eu me refiro aos covardes que fazem papel ridículo, pelo telefone ou e-mail, com suas caras escondidas e suas taras explícitas. Constrangendo profissionais sérias que às vezes até desistem de atender homens, por conta disso.

Como eu já ultrapassei esa barreira, vou dar algumas dicas para as colegas e para esse tipo de cliente. É fácil sair desse constrangimento!

Transfira o constrangimento para o cliente, faça ele sentir vergonha da abordagem. 
As perguntas são sempre as mesmas. Tenha as respostas prontas.

Vcs fazem depilação masculina? Sim fazemos
Quem depila é homem ou mulher? É mulher ( ou homem se for o caso)
E depilação íntima vcs também fazem? Sim fazemos
Como é? Utilizamos a cera quente.
Sim, mas como é feita? Essas informações nós não damos por telefone, se tiver interesse, marque um horário para avaliação.
Vcs passam a maquininha de cortar? Não, o método é cera quente, vc mesmo pode passar a máquina no 2 ou 1 antes de vir. 
Se ele insistir na depilação de máquina, dizendo que não alcança é mentira, vários homens fazem sózinhos de boa. Responda que não faz, por questão de higiene. Pelos arrancados, ficam na cera. Pelos cortados, voam pela sala. Impossível manter o ambiente limpo.
Se quem ligar, chegar ao máximo, que é perguntar se é depilação com finalização. 
Primeiro finja que não entendeu. Faça repetir. Se ele continuar diga que infelizmente, pra ele, vc é uma profissional séria e que no google ele pode encontrar vários lugares, e pessoas, que oferecem esse tipo de serviço.
Normalmente eles pedem desculpa e desligam. 
Se ele repetir qualquer pergunta anterior, responda mecanicamente igual.
Se ele não parar diga, me desculpe mas não posso ajudá-lo e desligue vc.
Se houver apelação ou palavras de baixo calão, desligue ou delete o e-mail sem dizer nada.

Nunca dê risadinhas, seja séria e educada. Porque esse cara pode se arrepender da abordagem errada e virar um cliente normal. Também não se faça de ofendida, deixe ele saber que não é o único babaca que faz isso e que vc, como profissional, simplesmente ignora solenemente esse tipo de gente. O segredo é a frieza. Não demonstre sua indignação. Haja como se fosse normal, como se estivesse acostumada a lidar com babacas. É como não dar corda para provocações porque, tipo, vc já está preparada para elas. Vai perder a graça. 

E jamais se ofenda com atitude de gente babaca. Porque quem faz isso é Bacaca. E tem castigo pior que esse? Ser babaca??? Kkkkkkk Relaxe, o universo já se vingou.

Lembrando que esses babacas Não são clientes! São Fakes, nada mais.

Os verdadeiros clientes, são fantásticos! Caras modernos, limpos e antenados em suas ou seus parceiros. Nas suas próprias necessidades de vaidade e higiene. No cuidado do seu amor próprio.
São freqüentes e fiéis. Podem pensar qualquer coisa, mas agem como cavalheiros. Eu adoro todos eles.

Inclusive estou escrevendo este post por sugestão de um cliente que ficou perplexo, quando lhe contei das abordagens babacas dos telefonemas e e-mails.

E porque levei uma bronca do mesmo, por ficar tanto tempo sem atualizar o Blog.

Valeu a bronca, não sumirei mais.



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